quinta-feira, março 29, 2012

DOIS CLÁSSICOS DA LITERATURA DE CORDEL





















A Peleja... Há tempo que o calendário/quando chega o fim do ano/houve a voz do agricultor/
pedindo ao Pai Soberano /mandar chuva pro Nordeste/que a seca traz desengano.

De Abraão Lincoln

O mundo tem seus heróis/que representam as nações/e também seus estadistas/que com suas aptidões/permanecam culturados/entre todas as gerações.(...) Os lideres não são comuns/
É dádiva do onipotente/surge quando a geração/precisa de uma semente/que rejuveneça a idéia/para enaltecer sua gente.
O universo poético de Guaipuan é um mundo vivido da própria arte.
Sua poesia é pura, como a brisa mansa que sopra a folhagem.

Dezinho LemosDa academia Metropolitana de Letras de Fortaleza









quarta-feira, março 14, 2012

40 livros grátis de literatura de cordel para baixar



A Universia Brasil, maior rede de colaboração universitária presente em 23 países, separou uma lista de livros grátis de literatura de cordel que estão disponíveis para baixar na internet.

Grande parte dos livros são de autores como Leandro Gomes de Barros e Guaipuan Vieira, membros da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, gênero escrito frequentemente de forma rimada e impresso em folhetos.

Neste estilo literário, alguns dos poemas são ilustrados com xilogravuras, as mesmas usadas nas capas dos folhetos. O nome surgiu da maneira em que os folhetos eram vendidos na rua, pendurados em barbantes.

sexta-feira, março 02, 2012

CAUSOS DO PROFESSOR REBOUÇAS MACAMBIRA
Guaipuan Vieira(*)


O já falecido mestre de literatura, Professor José Rebouças Macambira, natural da cidade de Palmácia, estado do Ceará, tinha muitos “causos”, dentre eles, dois tenho guardados em minha mente, os quais relato agora.
Em certa ocasião de sua vida, já idoso e com vários livros de português publicados, foi ele se reciclar em um desses cursos de LITERATURA da capital cearense. Para sua surpresa, o livro escolhido para o dito curso era um de sua autoria. Ele então riu para o professor que dava a aula, educadamente pediu apenas desculpas, dizendo que, por motivos de força maior, não poderia participar mais daqueles estudos e se retirou da sala.
A outra pérola daquele mestre foi a seguinte: Ele foi representar o Ceará numa conferência, no Rio de Janeiro, e o assunto era Língua Portuguesa. Num momento lá passaram uma carta entre os conferencistas pra que encontrassem erros na carta. E a mesma passou pelas mãos de onze pessoas e nenhuma delas encontrou sequer um erro. Quando chegou nas mãos do prof. Macambira, esse encontrou dez erros e ainda comentou os porquês dos erros.
Aproveito o ensejo e transcrevo abaixo, um poema desse laureado professor. Apenas um, dentre tantos poemas, contos e crônicas escritas por ele.


TRÊS PALAVRAS


Tentei fazer-te um poema
Cheio de amor e beleza
Mas só me saiu da pena
Uma palavra: INCERTEZA!


Depois tentei-o de novo
Já suspeitando a verdade
E só me saiu da pena
Uma palavra: SAUDADE!


Ao tentá-lo, finalmente,
Com os prantos nos olhos meus
Saiu-me a custo da pena
Uma só palavra: ADEUS!


(*) Poeta e graduado em História -Do livro inédito Veredas do Cordel